João Pessoa é uma das sete capitais do Brasil que apresenta sinal forte de crescimento de casos de Síndrome Respiratória Aguda (SRAG) e de Covid-19, segundo estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Além da capital paraibana, Belém, Florianópolis, Fortaleza, Macapá, Salvador e São Luís já completam ao menos um mês com manutenção do sinal de crescimento na tendência de longo prazo em todas as semanas. Já Belém, São Luís e São Paulo apresentam sinais moderados.
Realizado pela Fiocruz, o Boletim InfoGripe mostra que dez capitais brasileiras apresentam sinal de crescimento moderado (prob. > 75%) ou forte (prob. > 95%) na tendência de longo prazo (seis semanas) de casos de Síndrome Respiratória Aguda (SRAG) e de Covid-19.
A análise é referente à Semana Epidemiológica 43 (que compreende o período de 18 a 24 de outubro) e tem com base os dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até o dia 27 deste mês. Entre os resultados positivos para os vírus respiratórios, cerca de 97,7% são em consequência do novo coronavírus.
Situação nacional
O cenário nacional sugere que os casos notificados de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e de Covid-19, independentemente de presença de febre, apresentam tendência de queda mas com ocorrências muito altas.
Já foram reportados este ano 521.090 casos de SRAG sendo 285.628 (54,8%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 161.303 (31,0%) negativos, e ao menos 42.369 (8,1%) aguardando resultado laboratorial. Levando em conta a oportunidade de digitação, estima-se que já ocorreram 545.321 casos de SRAG, podendo variar entre 537.260 e 556.556 até o término da semana 43.
Entre os positivos, 0,4% Influenza A, 0,2% Influenza B, 0,4% vírus sincicial respiratório (VSR), e 97,7% Sars-CoV-2 (Covid-19). Considerando a presença de febre nos registros, conforme definição internacional de SRAG, o total de casos notificados foi de 353.905, com estimativa de 366.949 [362.133 – 372.740]. Para fins de comparação, o total de registros em todo o ano de 2019 e 2016 foram de 39.429 e 39,871 casos, respectivamente.
O total de registros de hospitalizações ou óbitos no Sivep-gripe, independente de sintomas, é de 841.405 casos, com estimativa atual de 887.196 [870.999 – 907.303]. Durante o surto de Influenza H1N1 em 2009, foram 202.529 casos notificados com os mesmos critérios.
O número de óbitos por SRAG no país, independentemente de presença de febre, encontra-se na zona e risco com numeros de casos muito altos. Estima-se que já ocorreram 131.315 óbitos de SRAG, podendo variar entre 130.449 e 132.545 até o término da semana 43.
Entre os casos positivos, 0,2% forma Influenza A, 0,1% Influenza B, 0,1% vírus sincicial respiratório (VSR), e 99,3% Sars-CoV-2 (Covid-19). Considerando a presença de febre nos registros, conforme definição internacional de SRAG, o total de óbitos notificados foi de 87.716, com estimativa de 88.053 [87.458 – 89.051]. Para fins de comparação, o total de registros no em todo o ano de 2019 e 2016 foram de 3.811 e 4.785 óbitos, respectivamente.
Macrorregiões
Em 12 das 27 unidades federativas observa-se tendência de longo prazo com sinal de queda ou estabilização em todas as respectivas macrorregiões de saúde. Nos demais 15 estados, Amapá, Pará e Tocantins (Norte), Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, e Sergipe (Nordeste), Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo (Sudeste), Rio Grande do Sul e Santa Catarina (Sul), e Mato Grosso do Sul (Centro-Oeste) há ao menos uma macrorregião estadual com tendência de curto e/ou longo prazo com sinal moderado (prob. > 75%) ou forte (prob. > 95%) de crescimento.