A Operação Cartola que desvendou um esquema de manipulação de resultados no futebol paraibano em 2018 ainda esquenta os bastidores do Botafogo-PB, principal alvo das investigações.
Às vésperas das eleições internas, situação e oposição têm travado uma guerra de versões acerca das irregularidades do clube no extinto programa governamental Gol de Placa.
No início da semana, o presidente Orlando Soares apontou que o grupo de oposição deixou uma dívida de R$ 3,2 milhões com o Governo do Estado provenientes de fraudes na execução do programa.
A resposta veio um dia depois, com o grupo do ex-vice-presidente de futebol Breno Morais alegando que o ex-presidente e aliado de Orlando, Sergio Meira, foi vice-presidente de Finanças de 2015 a 2018, período em que as irregularidades foram cometidas.
Nesta sexta-feira (02), o presidente do Conselho Deliberativo do Botafogo-PB, Luciano Wanderley, comunicou ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) a presença de Breno Morais nas dependências do clube e de sua participação ativa na composição da chapa do conselho para a eleição.
Breno Morais foi um dos principais alvos das investigações do Ministério Público da Paraíba e da Polícia Civil e terminou banido do esporte pelo STJD.
Na esfera criminal, o ex-dirigente responde pelos crimes de organização criminosa, solicitação de vantagem indevida para manipular o resultado de partida e falsidade ideológica.
Em março, porém, Breno e outros ex-dirigentes do Belo, que também foram alvos da Operação Cartola, tiveram medidas cautelares revogadas pelo juiz José Guedes Cavalcanti, da 4ª Vara Criminal de João Pessoa, como a proibição de frequentar a sede do Botafogo-PB.