praia do cabo branco

Mar vermelho em João Pessoa: pastor Estevam pede cautela aos fiéis

Por Maurílio Júnior

Praia do Cabo Branco em João Pessoa - Foto: Maurílio Júnior

O que está acontecendo com 2020? Coronavírus, nuvem de gafanhotos e até mar vermelho. O fenômeno visto desde ontem (25) na praia do Cabo Branco, em João Pessoa, fez fiéis apostarem em sinais divinos ao comentarem a situação.

Para Estevam Fernandes, pastor da 1ª Igreja Batista de João Pessoa, o momento pede cautela aos cristãos.

– Não associo isso a nada de Deus, apenas as pessoas estão apavoradas e tendem a espiritualizar os fenômenos. A gente deve ter calma e paciência porque as coisas vão se explicando aos poucos – ponderou.

Fiéis atribuíram o fenômeno a um sinal divino – Imagem: reprodução/MaisPB

O pastor defende a tese apresentada pela Superintendência de Administração do Meio Ambiente da Paraíba (Sudema), que apontou o problema para dissolução de rochas sedimentares presentes na região da praia.

– Quando acontecem essas coisas diante de um ano cheio de pandemia em todo mundo, a gente tende a espiritualizar demais as coisas. Estive ontem na praia do Cabo Branco caminhando com a minha esposa e voltei porque realmente estava algo impressionante. Mas não associo isso a nenhum fenômeno espiritual, entendeu? Apenas acho que quando vivemos uma pandemia e outras crises as pessoas tendem a buscar no espiritual alguma resposta. Eu entendo que, de qualquer forma, Deus está no comando da história e do mundo, mas as coisas também têm seus fenômenos. Lógico que ontem foi uma coisa totalmente voltada para barreira do Cabo Branco, a erosão que vem de muitos anos, não tem nada a ver com a gestão contemporânea que vem há muitos anos de história. Não associo isso a nada de Deus, apenas as pessoas estão apavoradas e tendem a espiritualizar os fenômenos. A gente deve ter calma e paciência porque as coisas vão se explicando aos poucos. E uma mente racional pensa melhor que a mente movida por sentimentos religiosos momentâneos.

Pastor Estevam Fernandes