Como se não bastasse a Covid-19, as autoridades de Saúde e até o setor de Turismo terão que lidar com uma outra epidemia: a batalha do passinho.
Febre entre os jovens, a manifestação típica dos bailes funk provocou pontos de aglomeração desde a última sexta-feira (21), na orla marítima de João Pessoa.
As cenas assustaram turistas que prometeram deixar a cidade (assista abaixo – imagens TV Cabo Branco) e o secretário de Saúde do Estado, Geraldo Medeiros.
Para Ruth Avelino, presidente da Empresa Paraibana de Turismo (PBTur), o episódio preocupou o já debilitado setor que aposta no “turismo doméstico” no primeiro momento do pós-quarentena.
– Realmente preocupa. As pessoas estavam com muita ânsia em sair de casa, quase cinco meses sem poder frequentar a orla, sem poder ir para praia, e quando tem a reabertura houve uma avalanche de gente, o que aconteceu mais no sábado. No domingo acionamos a Companhia Especializada do Turismo, que fez rondas para proibir o som mecânico, que foi o que provocou a aglomeração, juntaram os jovens e foram dançar. O povo ainda não está educado com relação a prevenção. O vírus ainda está vivo.
Já Medeiros alertou para o risco de contaminação que os jovens levam para os idosos em casa.
– Atitudes como estas adotadas pelos jovens na orla marítima de João Pessoa representam o desconhecimento de que levam para casa o vírus e adoecem seus pais e avós,faixa de população que mais morre.