O início do Campeonato Brasileiro honrou a famigerada alcunha de “novo normal”. Com saldo tenebroso de, pelo menos, 30 jogadores contaminados em três clubes, duas partidas adiadas pouco antes de a bola rolar, o futebol se tornou símbolo da normalização das anormalidades.
Uma das partidas adiadas foi a de Campina Grande envolvendo Treze e Imperatriz-MA pela Série C. Doze jogadores do time maranhense testaram positivo para Covid-19 e souberam do resultado apenas no dia da partida, depois de praticamente atravessarem o país para chegar ao local do jogo.
A logística do Imperatriz é complexa, com translado aéreo e terrestre. A equipe iniciou a viagem na quinta-feira (6) saindo de ônibus para Belém (PA), voo para João Pessoa com escala em Guarulhos (SP) e ônibus da capital paraibana até Campina Grande, onde chegou no sábado.
Agora leve em consideração o contato dos atletas infectados com outras pessoas em aeroportos, hotéis e restaurantes. Por rodada, juntando as três séries do futebol brasileiro, trinta delegações, com 30 pessoas em média em cada comitiva, cruzam o país. Vale a pena continuar?