O Conselho Deliberativo (CD) do Botafogo da Paraíba recebeu nesta sexta-feira (05) um pedido de afastamento contra o presidente executivo do clube, Sergio Meira.
A ação é movida pelo conselheiro Alexandre Amorim Almeida, que entregou o pedido ao presidente do CD, Luciano Wanderley, e ao secretário Raimundo Nóbrega.
Ele alega descumprimento de Meira à Lei Federal 9.615, também conhecida como Lei Pelé, ao não ter apresentado, aprovado e publicado a prestação de contas do clube, referente ao ano de 2019, até a data limite, 30 de abril.
No mesmo documento encaminhado ao Conselho Deliberativo, Alexandre Almeida solicita a inelegibilidade de Sérgio Meira pelo mesmo motivo do pedido de afastamento cautelar da presidência do Botafogo-PB.
Até esta sexta-feira (5), segundo o conselheiro, mais de um mês após esgotamento do prazo, a prestação de contas de 2019, ainda não tinha sido encaminhada ao Conselho Deliberativo para aprovação.
“Não estou requerendo nada que não esteja previsto em lei. Temos vários exemplos pelo Brasil, em outros clubes de futebol, em que os presidentes foram afastados por não cumprir o prazo para prestação de contas. Nosso clube vive uma nova fase, um novo tempo de organização e profissionalismo, não existe mais espaço para esse tipo de manobra”, diz.
O requerimento entregue ao Conselho Deliberativo também é assinado pelo advogado de Alexandre Almeida, Rogério Dunda Marques. Para o conselheiro do Belo, os gastos excessivos do clube em 2020, inclusive com o fim da política de teto salarial, e a falta de transparência na prestação de contas de 2019, tem deixado membros do Conselho Deliberativo apreensivos.
“O que nós sabemos é que o clube teve a sua maior receita da história no ano passado e agora em 2020, também por conta da pandemia, já vive um cenário de dificuldade financeira, tanto que o próprio presidente Sérgio Meira fala abertamente em vender jogadores para conseguir dinheiro. Queremos o cumprimento da Lei Pelé e a transparência dos gastos do clube para que a gente evite que um trabalho de várias gestões na organização financeira seja desfeito. A gente não que ver o nosso clube quebrado mais uma vez”, explicou o conselheiro.