Líder da maioria na Câmara dos Deputados, o paraibano Aguinaldo Ribeiro (PP) reprovou as manifestações pró-ditadura e as críticas do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Ao Hora H, da Rede Mais de Rádio, Aguinaldo afirmou que o momento “é o pior” para divergências entre as instituições. O parlamentar cobrou unidade para combater a pandemia do novo coronavírus.
“Espero que haja um movimento de unidade. Acho que é o pior momento que poderia ter para divergências entre instituições. Não é possível que num momento como esse de pandemia nós não estejamos unidos em torno do enfrentamento dessa crise. Não dar para politizar um momento como esse, não dar para pensar, em forma alguma, em vestir a política. Espero que nos próximos dias, horas, haja um sentimento de unidade”, disse Aguinaldo.
Para Aguinaldo, “contra fatos não há argumentos”, ao responder sobre os ataques de Bolsonaro a Rodrigo Maia. Na semana passada, logo após demitir o então ministro da Saúde, Henrique Mandetta, o presidente da República elegeu o presidente da Câmara como inimigo número 1 ao declarar que Maia tem “péssima atuação” na crise provocada pela pandemia.
“Não consigo enxergar isso. Contra fatos não há argumentos. O que tivemos foi um parlamento que aprovou todas matérias importantes, inclusive, a reforma da Previdência, que tinha uma resistência grande. Todas as demais matérias foram aprovadas. A pauta que o governo necessita para ter condições para governar foi entregue. Não vejo nenhum tipo de obstáculo por parte do presidente Rodrigo Maia”, afirmou.
Ribeiro ainda criticou a notícia que chegou a circular na noite desse domingo (19), a partir de uma tuitada de um repórter do jornal “O Globo”, que dava conta de sua participação numa reunião entre Rodrigo Maia, Davi Alcolumbre e ministros do Supremo.
“As redes sociais, criadas para nos unir, lamentavelmente tem sido usadas para nos distanciar. Movidas por mentiras e ódio. É preciso, como sociedade, combater e responsabilizar os autores desse tipo de abuso”, concluiu.