Cartaxo: “Vida perdida não volta”

Por Maurílio Júnior

O prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PV), criticou a politização da crise provocada pela pandemia do coronavírus.

Cartaxo ressaltou que o momento é de lutar pela vida e que João Pessoa cumpre o protocolo internacional de prevenção à Covid-19, recomendado pela Organização Mundial de Saúde.

Na manhã deste sábado, empresários estimulados pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foram ao condomínio que mora o gestor municipal cobrar a reabertura do comércio, fechado há uma semana.

“O momento atual não é apenas de crise, muito menos de disputas políticas, mas de luta pelo maior bem que existe: a vida. João Pessoa cumpre o protocolo internacional de prevenção à Covid-19, recomendado pela OMS”, escreveu no Twitter.

“Ir às ruas para se manifestar contra o isolamento social expõe quem sai, quem precisou sair por alguma razão séria e até quem ficou em casa”, disse.

Continuou:

” Hoje precisamos, mais do que nunca, de gestos solidários, humanitários, de respeito ao outro, não de atitudes irresponsáveis que semeiam a discórdia e a desordem. Eu agradeço à imensa maioria da nossa população, que entendeu a mensagem e fechou as portas ao vírus. Vamos continuar sendo agentes de proteção, não da transmissão de uma doença que não para de matar. Quem resolve sair de casa, sem levar a sério uma ameaça à saúde pública, desrespeita não só a lei, como também a própria vida e a vida do outro”.

Cartaxo destacou que a pandemia do coronavírus tem causado grandes estragos em outros países, justamente por terem flexibilizado o isolamento social em momento de escalada da doença.

“Em outros países, não seguir as orientações teve um custo pago com milhares de vidas humanas. É inadmissível repetir este erro. Não se trata de opinião. A base está na ciência e na experiência”, destacou.

Por fim, Cartaxo diz que “no tempo certo”, a rotina será retomada. “Quem se precipitou, nesta decisão, condenou pessoas à morte. E o arrependimento não repara o grave erro. Trabalhar para recuperar a economia, já atingida, será uma missão no mundo todo”, alertou.

” Voltar à vida normal, sim, como deve ser. Quando for a hora. Porque vida perdida não volta. Serenidade, paz e respeito, sempre. O bom senso e a humanidade vão vencer. Sigamos na luta! Que Deus nos abençoe!”, concluiu.