Das boas histórias do futebol. Em um enredo dramático e histórico, o Afogados de Ingazeira (PE) eliminou o milionário Atlético-MG na Copa do Brasil. O time pernambucano bateu os mineiros nos pênaltis (7 a 6) após empate em 2 a 2 no tempo normal – o Afogados esteve a frente do placar duas vezes.
A folha salarial da jovem coruja do sertão, fundada em 18 de dezembro de 2013, é de R$ 100 mil, enquanto o Galo mineiro paga R$ 9 milhões em suas estrelas. Apesar de toda disparidade, apenas o futebol é capaz de proporcionar tamanha façanha em um esporte de alto rendimento. E coloque façanha nisso.
Os pernambucanos jogaram parte do segundo tempo com um jogador a menos, quando a partida estava 1 a 1. No dez contra onze, o representante de Ingazeira, que tem apenas 37 mil habitantes, ainda fez 2 a 1 para depois sofrer um novo empate. Na disputa de penalidades, saiu atrás após perder as duas primeiras cobranças. Foi buscar. Que força.
Com a classificação à terceira fase da competição nacional, o Afogados já acumula R$ 2,6 milhões em premiações. Parte dela, segundo o presidente do clube, servirá para compra de um terreno e a construção de um Centro de Treinamento.
Curiosidade: o camisa 10 do Afogados é o atacante Diego Ceará, que apesar de um pênalti bisonhamento perdido, teve atuação destacada pela transmissão da partida. Ele chegou a ser anunciado pelo Treze para 2020, mas a exemplo de outros quatro jogadores, acabou não ficando no PV.
Foto: Bruno Cantini/Atlético