Principal alvo da Operação Calvário, o ex-governador Ricardo Coutinho terá o seu futuro no PSB decidido em reunião da executiva nacional do partido após a volta de congressistas à Brasília na próxima semana.
Ao Portal MaisPB, o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, disse que convocará a cúpula da sigla para discutir a situação de Coutinho. O dirigente admite a necessidade de examinar o quadro e pregou cautela.
“Quando voltar [do recesso] vou convocar a executiva nacional e, claro, ouvir. A pauta não será essa, mas naturalmente se falará sobre essa situação. Tudo isso terá que ser visto com muita calma e responsabilidade para com o partido e, para com os acusados. Não podemos pré julgá-los sem um detalhamento mais profundo da situação”, declarou.
Preso em 19 de dezembro na sétima fase da Operação Calvário e solto dois depois por meio de habeas corpus, Ricardo Coutinho é apontado pelo Ministério Público da Paraíba como chefe da organização criminosa que teria desviado pelo menos R$ 134 milhões dos cofres públicos do estado através de contratos com organizações sociais na Saúde e Educação.
“Precisamos estar atentos, mas ao mesmo tempo ter prudência, digamos, observe melhor as coisas e veja se realmente é o caso de adotar alguma providência, tendo segurança do que realmente aconteceu e, francamente, não tenho até hoje uma clareza de tudo. Leva tempo, até porque levaram meses para o Ministério Público fazer as acusações. Precisamos de tempo para examinar o quadro com responsabilidade”, afirmou Carlos Siqueira.
Também ao Portal MaisPB, outras lideranças nacionais do PSB disseram que defendem o afastamento do ex-governador do partido, como forma de preservar a imagem da legenda em meio ao escândalo na Paraíba. Coutinho é presidente da Fundação João Mangabeira, do PSB. Na semana passada, o político não compareceu ao primeiro evento da Fundação realizado em Palmas (TO). (Maurílio Júnior – MaisPB)