O Ministério Público da Paraíba (MPPB) protocolou no Tribunal de Justiça, nesta segunda-feira (13), a sexta denúncia com base nas investigações da “Operação Calvário”.
O alvo principal é o ex-governador Ricardo Coutinho (PSB), que teve, um mês antes, o pedido de prisão preventiva decretado pelo Tribunal de Justiça.
Também foram denunciados o ex-senador Ney Suassuna (Republicanos), as deputadas estaduais Estela Bezerra (PSB) e Cida Ramos (PSB), a prefeita de Conde, Márcia Lucena, do PSB, e outros 30 investigados na Operação Calvário, por integrarem uma suposta organização criminosa.
Na peça jurídica, o Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) e a Comissão de Combate aos Crimes de Responsabilidade e a Improbidade Administrativa (Ccrimp) acusam 35 gentes públicos, empresários e operadores financeiros de formarem uma organização criminosa (Orcrim) para a prática de delitos, como corrupção e lavagem de ativos, através de atividades de organizações sociais (OSs) na saúde e da adoção de inexigibilidades (fraudadas) na educação.
Na denúncia, Ricardo Coutinho é apresentado como mentor e chefe da organização.
Além da perda de função pública, e cassação de direitos políticos por 8 anos, o Ministério Público também cobra R$ 134,2 milhões, valor de prejuízo supostamente causado pelos acusados.
O processo agora corre no âmbito da Justiça. A depender da média dos últimos casos rumorosos, o trâmite não demora até o julgamento.