Novo trecho da delação da ex-secretária de Administração do Estado, Livânia Farias, divulgado pela TV Cabo Branco, na noite desta terça-feira (7), revela que o MDB teria cobrado R$ 8 milhões para apoiar a candidatura a reeleição do então governador Ricardo Coutinho (PSB) em 2014.
A proposta teria sido feita em uma reunião na residência oficial do governador (Granja Santana), durante uma madrugada.
As negociações, no entanto, não deram certo, porque o grupo do governador Ricardo Coutinho não tinha disponível naquele momento, o valor pedido pelo MDB. A legenda indicaria o hoje ministro do TCU, Vital do Rêgo Filho (Vitalzinho), na época senador pelo MDB, como candidato a vice-governador.
Segundo Livânia, a quantia seria dividida entre os deputados Trócolli Júnior (Podemos), Nabor Wanderlei (Republicanos), Hugo Motta (Republicanos) e Raniery Paulino (MDB); além do ex-deputado federal Manoel Júnior (Solidariedade), todos do MDB a época.
O prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PV) e o irmão Lucélio Cartaxo, ambos do PT naquele ano, teriam participado do encontro.
Todos negam a acusação.
Livânia diz que apenas Veneziano Vital do Rêgo (PSB) e Vitalzinho não receberiam os recursos.
“Eles só aceitavam se a gente fizesse um repasse para dividir. Só não ia receber desse montante Vital, porque ia ser vice, e Veneziano”, relata Livânia em seu depoimento.
Em 2014, o MDB lançou Vitalzinho candidato a governador e depois de perder no primeiro turno, apoiou Ricardo Coutinho contra o tucano Cássio Cunha Lima.