Ainda na live realizada na noite deste domingo (22), o ex-governador Ricardo Coutinho (PSB) tirou o corpo fora da suposta propina que negocia com Daniel Gomes, ex-dirigente da Cruz Vermelha, para as campanhas eleitorais de 2010 a 2018. O político, no entanto, se atém apenas ao período de 2018 e, por isso, teria encaminhado a “proposta de ajuda” para outra pessoa.
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“Esse áudio que circulou no Fantástico, pode observar bem: houve uma proposta para ajudar na campanha e encaminhei para outra pessoa, que não foi a pessoa que disse, não sei se houve efetivamente o apoio, nunca foi comigo isso e um detalhe: não fui candidato, não era candidato, abrir mão candidato, não tive beneficio próprio em tudo isso. Se observar bem que as coisas passam sempre se eu tivesse um interesse pessoal. Quais são as provas que existem concretamente?”, disse.
Apontado como chefe da organização criminosa que desviou recursos públicos na saúde e educação da Paraíba nos últimos oito anos, Ricardo Coutinho questionou a não prisão, por exemplo, do ex-presidente do PSB, Edvaldo Rosas, apontado na denúncia do MP como integrante da Orcrim.
“Claramente tem uma demarcação de espaço contra o PSB. Tem gente no famoso racha do PSB, que foi escrito na denúncia com práticas não republicanas, que não estão do nosso lado e não foram presos. Ou seja: percebe-se que uma prisão de uma Márcia Lucena é algo… é a melhor prefeita que a Paraíba tem. E ao mesmo foi presa porque fez três dispensas em 2014, algo previsto em lei. É uma estrela nossa e é atingida de forma dura”, afirmou.