Em meia hora de entrevista coletiva no Palácio da Redenção, na manhã desta segunda-feira (23), o governador João Azevêdo (sem partido) disse que “muitos tiveram discursos bonitos, mas na prática não era compatível assim” e rechaçou ligação com esquema desvendado pela Operação Calvário. “Se durante o processo alguém se aproveitou do momento político para agir de forma errada, essas pessoas vão responder por esses atos, mas não por orientação minha, enquanto candidato”, afirmou.
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Também investigado na Calvário, João Azevêdo diz que nunca manteve contato com Daniel Gomes, ex-dirigente da Cruz Vermelha e delator na operação. “Não conheço esse cidadão, nunca falei por telefone ou tive qualquer tipo de pedido a esse cidadão de pedir propina, nem com ele nem com ninguém. Jamais me reuni com quem quer que fosse para pedir recursos para campanha. Essa não era a minha atribuição. Não fiz isso e tenho muita tranquilidade com relação a isso”.
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Rompido com Ricardo Coutinho, acusado de chefiar a organização criminosa, João afirmou que o discurso de continuidade do projeto deixado pelo ex-governador não envolvia “falcatruas”. “Nunca me reuni com ninguém para discutir com quem quer que fosse propina ou continuidade de projeto. Falcatrua dentro de qualquer setor, não é projeto. E com esse eu nunca me comprometi. Meu compromisso de projeto é exatamente o que a Paraíba queria: obras e ações que lhe possa trazer melhoria de vida”.