O Ministério Público da Paraíba (MPPB) abriu um procedimento administrativo para averiguar uma denúncia que aponta supostas irregularidades na gestão da Federação Paraibana de Ciclismo.
A denúncia é feita pelo ex-presidente Antonnio Almério Ferreira Marra e contesta os exercícios financeiros da entidade de 2016 (a partir de agosto), 2017 e 2018.
As supostas irregularidades consistem, em síntese, na ausência de convocação de Assembleias Gerais Ordinárias para apresentação de prestação de contas, por parte do atual presidente Valdemar Medeiros do Nascimento.
Ainda de acordo com a supracitada denúncia que a entidade associativa auferiu rendimentos decorrentes de cobrança de taxas de filiação de atletas, locação de equipamentos próprios a terceiros, comercialização de camisas e pagamentos de inscrição e patrocínios de eventos que tem realizado, de tal sorte que deveria proceder a prestação de contas perante a assembleia geral ordinária da Federação.
O denunciante alega que a atual gestão da Federação Paraibana de Ciclismo deve esclarecimentos ao Ministério Público com relação aos documentos e dados fiscais da entidade que haviam sido entregues pela gestão anterior ao Ministério Público e nunca foram buscados pela atual gestão para a continuidade da escrita contábil da Federação.
Histórico
Suspeitas de irregularidades na gestão da Federação Paraibana de Ciclismo levaram o Ministério Público, em 2013, a pedir a extinção da entidade.
Entre as denúncias examinadas naquele período estão perseguição a atletas, nepotismo, contração de dívidas com a Receita Federal, sonegação de informações e promoção irregular de eleições.
Os filhos do então presidente Jader Ribeiro Silva e do vice Paulo Pereira de Sousa receberam verba do programa estadual Bolsa Atleta após serem indicados pela entidade. O valor do benefício fica entre um salário mínimo (hoje de R$ 678) e R$ 1.500.
A denúncia também foi feita por Antonio Almério Ferreira Marra Júnior, que apontou Jader Ribeiro Silva Segundo e João Paulo Leite de Souza como beneficiados, entre 2008 e 2009. Um segundo filho de Sousa teria recebido verba de mesma origem, mas via federação estadual de triatlo.