Relator da Lei Orçamentária Anual (LOA) para 2020, o deputado estadual Tião Gomes (Avante) elevou o tom da cobrança ao governador João Azevêdo (PSB) pela implementação das Emendas Impositivas no Estado.
Em seu relatório, o parlamentar garantiu a reserva de R$ 120.894.039,00 para atender as emendas individuais de apropriação, ficando destinado para cada um dos 36 deputados o valor de R$ 3.352.612,19. A peça foi objeto de crítica de Azevêdo na semana passada:
“O Estado dentro dos seus programas que já são consolidados chega muitas vezes aos municípios com valores até bem maiores que estes pensados pelo Legislativo”, disse.
Ao ser questionado pelo autor do Blog sobre a declaração do governador, Tião reagiu: “E por que ele está atrás das emendas de Brasília, hein?”, questionou.
“As emendas parlamentares federais são boas, né? Nós temos 12 deputados federais, três senadores e eles tanto têm emendas coletivas, como emendas impositivas. Hoje, vinte estados do país já têm implantado emendas impositivas. Não podemos ficar atrás da história. Ninguém está querendo nada do governo. Queremos participar e ajudar o governo. Os deputados federais não estão mandando dinheiro para o governo? Ninguém vai tirar dinheiro do governo”, disse.
Tião Gomes é mais um deputado do G11 – o grupo paragovernista da Assembleia – que traz desconforto ao governo esta semana. Nessa quarta-feira, 6, o deputado João Bosco Júnior (Cidadania) surpreendeu ao entregar suas indicações no governo para se sentir mais à vontade nas votações e decisões no plenário da Assembleia.
“Se isso na cabeça de alguém é rompimento, eu rompi”, disse Bosco em entrevista à 98 FM. (Maurílio Júnior – MaisPB)