A crise do PSB que andava fria nas últimas semanas, voltou a esquentar nesta semana depois do governador João Azevêdo não conseguir se reunir com o deputado federal Gervásio Maia durante a peregrinação por emendas, em Brasília.
Na manhã desta sexta-feira (25), Maia acusou a equipe do governador de pressionar lideranças do PSB a se decidirem com quem ficarão no processo interno do PSB paraibano.
A crise divide Azevêdo e o ex-governador Ricardo Coutinho, duas das maiores lideranças do partido. Maia afirmou que os últimos movimentos do governador são “estranhos” e geram dúvidas.
“É preciso dizer que há uma movimentação muito estranha ao longo dos últimos meses. O governador João tem adotado umas medidas que geram dúvidas muito grande. Por exemplo, a equipe mais perto dele tem telefonado constantemente para as nossas lideranças nos municípios, perguntando de que lado eles ficarão. O que está tendo? João quer romper?”, disse à imprensa.
“Queria muito ter encontrado com ele ontem para saber se ele está autorizando a sua equipe a fazer esse tipo de abordagem. Quando foi ano passado, que Ricardo escolheu João como candidato a governador, nós depositamos toda nossa confiança. Não quero acreditar que João esteja fazendo esse tipo de abordagem”, complementou.
Maia criticou a exoneração de servidores que, segundo ele, deram “suor e sangue” ao projeto”.
“Tem outros movimentos que também são bem estranhos. A retirada de pessoas que deram suor e sangue ao projeto. Elas estão sendo afastadas da gestão, sendo exoneradas sem saber a razão”, disse em menção a demissão de Givanildo Pereira dos Santos, que comandava o Orçamento Democrático do Governo. Givanildo foi nomeado por Maia em seu gabinete.
Gervásio Maia ainda associou o governador João Azevêdo ao governo Bolsonaro.
“O governador João Azevêdo tem sempre ido a Brasília. Toda Paraíba acompanha. Mas, a grande procura de João sempre é pelos deputados ligados a base do governo, governo Bolsonaro. Tem sido assim. Basta observar a movimentação e o próprio release distribuído a imprensa. Ele procurou toda bancada, mas não me procurou, não telefonou, não mandou mensagem. João tem meu telefone. Estou sempre à disposição. Há um bom tempo tento uma audiência com ele, para discutir projetos sobre as regiões da nossa Paraíba. Mas infelizmente esse espaço na agenda não ocorreu. Passo sem combinar, não é um desencontro. Quem quer encontrar, marca”, alegou.