Depois dos peixes pequenos e médios, a Operação Calvário chegou ao primeiro tubarão: a deputada estadual Estela Bezerra (PSB).
No despacho do desembargador Ricardo Vital, que autorizou o desdobramento da quinta fase da Operação Calvário, deflagrada nesta terça-feira (15), a socialista é citada por suspeita de ‘condutas criminosas’.
“Há indícios da vinculação da parlamentar, que exerce mandato desde 2014, a determinadas condutas criminosas, cujo envolvimento aguarda diligências em andamento e que estão protegidas por sigilo”, diz o desembargador no despacho.
De acordo com o documento, a parlamentar teria envolvimento com o dirigente da Cruz Vermelha na Paraíba, Daniel Gomes, apontado como chefe da organização. Ainda conforme o despacho, a então chefe de gabinete de Estela, Mayara Martins, foi escolhida para presidir a organização.
“É possível que Daniel Gomes tenha permitido que a investigada Estelizabel tenha feito indicações, semelhantes a que fez por Mayara Martins, no âmbito do IPCEP, sendo necessário o aprofundamento das investigações neste aspecto”, diz trecho.
As investigações também apontam que foram encontradas em uma pasta de mídia no Whatsapp entre Mayara e Daniel, onde seria possível constatar que ele estaria implantando a venda de bilhetes premiados patrocinados pela Lotep, que pertence ao Governo do Estado, que também teria fornecido um imóvel para funcionar como sede da Cruz Vermelha.
Ainda conforme o documento, o contexto apurado indica influência da deputada para a suposta obtenção de vantagens quanto ao imóvel, que será investigado de forma profunda. (Com MaisPB)