Coisas estranhas na terra da Operação Cartola

Por Maurílio Júnior

Treze e Botafogo-PB resolveram antecipar a última rodada do Campeonato Brasileiro da Série C. Um erro, porque de nada adiantará uma vitória no confronto do próximo dia 24, em Campina Grande, se ambos não fizerem suas partes contra Confiança e Náutico.

O 1º round deste clássico começou, cabe justiça, com o promotor Valberto Lira. Há 48 horas, ao site PB Esportes, o presidente da Comissão Permanente de Prevenção e Combate à Violência nos Estádios foi enfático ao anunciar que o clássico teria apenas uma torcida (a do mandante, Treze), por medidas de segurança.

A recomendação do Ministério Público, claro, não agradou o presidente do Botafogo, Sérgio Meira. Ao site Globo Esportes, o dirigente disse, ontem (14), que iria tentar reverter o quadro. Eis que, 24 horas depois, não é que Sérgio Meira conseguiu?

Ainda ontem, informa o Globo Esporte, dirigentes do Botafogo se reuniram com o promotor, e ficou acertado que a torcida do Belo estava liberada, com exceção das organizadas do clube.

“A informação de torcida única foi precipitada. Eu sempre quis dizer que o veto era apenas às torcidas organizadas do Botafogo-PB, o pessoal uniformizado. Mas, de resto, a partida vai ser como sempre, com o espaço destinado aos torcedores visitantes”, disse Valberto Lira. A justificativa poderia ser melhor. Não convenceu nem a ele mesmo.

A única certeza que ficou é que tem coisas estranhas acontecendo na terra da Operação Cartola. Pode até não ser nada, mas que está estranho, está.