A Operação Cartola parece não ter inibido os dirigentes do futebol da Paraíba. É o que vai apurar o Ministério Público. E o Campinense, que já foi um dos grandes alvos da operação do ano passado, será novamente investigado.
A goleada da Raposa na noite da última quinta-feira (6), contra o Vitória-PE (4 a 0), na última rodada da Série D do Campeonato Brasileiro, foi colocada em xeque por torcedores e apostadores. O caso irá ao Ministério Público. A informação é do repórter Sérgio Rangel, do site UOL.
Nos aplicativos de mensagens, torcedores relatam que integrantes de uma rede de manipulação de resultados “compraram o jogo do Campinense” (sic). Na conversa de áudio, um torcedor diz que a partida seria 4 a 0 e citou Pezão como um dos responsáveis pelo esquema.
José Pereira, o Pezão, assumirá na próxima semana o cargo de diretor de futebol do clube de Campina Grande. Ele não foi encontrado para comentar a denúncia.
Em um dos áudios obtidos pelo UOL, uma outra pessoa informa que a partida estava bloqueada para apostas nos sites baseados em Campina Grande e comentava que um amigo jogou em uma casa de apostas no Pará e ganhou “dinheiro com força”.
Em um comunicado emitido na noite de quinta, a casa de apostas “Bets Esportes” informou que o resultado do jogo foi manipulado e informava aos seus clientes que devolveria o valor das apostas.
O Campinense é patrocinado por um site de apostas. O principal parceiro do clube é a “MixBet”, empresa hospedada no Arizona, nos EUA.
Organizadora da competição, a CBF informou que apura informações antes de se manifestar. O Campinense não se pronunciou. Os dirigentes do Vitória foram procurados, mas não responderam aos contatos da reportagem.
Novo escândalo à vista?