O deputado estadual Wallber Virgolino (Patri) é uma metralhadora giratória. Não poupa ninguém. O novo alvo do delegado é a imprensa. O parlamentar está sugerindo ao Ministério Público a operação “Lava Imprensa”, com foco em jornalistas que estariam na folha da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) sem suar a camisa da Casa.
Virgolino não cita nomes, o que ainda é mais grave. Nem todo jornalista é vendido, a ponto de receber dinheiro sem trabalhar, se é que há algum, como sugere o novato deputado. Quando não cita nomes, acaba colocando todos no mesmo balaio. Não é justo.
Na ânsia de mostrar trabalho, Virgolino tem cometido gafes e com isso sofrido duras críticas. Talvez seja a razão do seu descontentamento com a imprensa. Nada que justifique acusações sérias contra uma importante classe sem provas, a princípio. Se não quer ser criticado, basta evitar lambanças. É simples.
Mais do que colocar em xeque a lisura da imprensa, Virgolino não percebeu que ‘atirou’ por tabela no presidente Adriano Galdino (PSB), que ele apoiou na eleição da Casa.
Se há jornalista recebendo da Assembleia sem trabalhar, o presidente estaria cometendo irregularidade, empregando funcionários fantasmas. E por qual razão Galdino empregaria jornalistas que não trabalham pela Assembleia? Isso faz com que várias especulações sejam levantadas. Uma delas é o famoso cala boca.
Ao acusador, o ônus da prova. A bola é sua Virgolino. Ou melhor, a metralhadora.
Saiam da frente!