A prisão do empresário Luiz Otávio Gomes Vieira da Silva, um dos donos da Aliança Comunicação e Cultura LTDA, no âmbito da Operação Fantoche, não é inédita. Ele já havia sido preso pela Polícia Federal em 2013, na Operação Esopo, que investigou fraudes em licitações e desvio de recursos públicos. Naquela ocasião, foi apreendida a quantia de R$ 99 mil supostamente proveniente de esquemas de corrupção.
Nos últimos anos, a empresa tem sido a organizadora do Maior São João do Mundo, em Campina Grande, após vencer um processo licitatório. Em nota divulgada mais cedo, a prefeitura da cidade disse que “nada, absolutamente nada, em relação às investigações da Operação Fantoche, diz respeito ao Município de Campina Grande”. É verdade também que a relação Aliança/PMCG trouxe mais dor de cabeça do que qualquer outra coisa – sobretudo depois do evento caótico em 2018. O prefeito Romero Rodrigues (PSDB) não levou em conta e o contrato foi renovado para 2019. Para muita gente, uma surpresa.
Diante da repercussão da operação, o gestor disse que analisará com “serenidade e sabedoria” a continuidade ou não da parceria. Certamente faltaram informar ao prefeito que a Aliança é a principal empresa beneficiada em um esquema de corrupção envolvendo contratos com o Ministério do Turismo e entidades do Sistema S, que colocou dez pessoas atrás das grades. O casamento ainda seguirá?