“O correto é matar o bandido que está de fuzil. A polícia vai fazer o correto: vai mirar na cabecinha e… fogo! Para não ter erro”, a ordem é do governador eleito do Rio de Janeiro Wilson Witzel (PSC) e endossada pelo futuro governo federal para policiais matarem pessoas que estiverem portando fuzis.
A declaração do político se deu poucos dias depois de eleito e dias antes de um caso emblemático no próprio Rio de Janeiro, que foi a morte de um garçom por PMs, que confundiram um guarda-chuva com uma arma.
Pois bem.
Um jovem morreu a tiros ontem à noite no Bessa, em João Pessoa, após ter sido confundido com bandido. O responsável pelos disparos é um policial militar.
Ao que indica as primeiras informações, morreu por estar sobre uma moto com um amigo. Eles aguardavam a chegada de outros colegas para uma confraternização em uma pizzaria.
Quando o carro com alguns dos convidados chegaram e eles se aproximaram, o polícia começou com os disparos. Imagina-se que o PM suspeitou que seria um assalto.
Para família do jovem, restará a inconsolável dor.
Dor que poderá se estender a qualquer um de nós, a depender da conveniência do portador da arma de fogo.
É o que se desenha num futuro próximo, em uma escala de risco bem maior do que a de ontem.
Foto: Felícia Arbex/TV Cabo Branco