Os presidenciáveis Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PSL) acenaram para a Paraíba na reta final de campanha. Nesta sexta-feira (26), o petista percorreu as principais avenidas do centro de João Pessoa, enquanto o capitão do exército concedeu uma entrevista exclusiva à rádio Arapuan em cadeia estadual. Agrados e promessas para o Estado não faltaram de ambos os lados.
Não seria exagero dizer que são da Paraíba os maiores entusiastas das candidaturas de Haddad e Bolsonaro no segundo turno: o governador Ricardo Coutinho, forte aliado do petista; e Julian Lemos, deputado federal eleito e vice-presidente nacional do partido de Bolsonaro.
Em entrevista coletiva para imprensa paraibana, Haddad elogiou a atuação de Coutinho e disse entre outras palavras que o pessebista assumirá algum ministério em seu eventual governo. “Ricardo tem competência até para presidente. É uma pessoa que tem folha de serviços prestados e de firmeza em posicionamentos que o qualifica para assumir qualquer pasta de um governo federal”, afagou.
Haddad bateu forte em Bolsonaro. Para militância voltou a chamar o candidato do PSL de “soldadinho de araque” em resposta a não participação do deputado em debates. “É muito comum na história que um covarde estimule a violência social. Em geral, são pequenos homens, com problemas psicológicos. É por isso que os pequenos homens com problemas psicológicos podem ser respeitados, mas não chega”, disse.
Para o Arapuan Verdade, da Rede Arapuan de Rádio, Jair Bolsonaro sinalizou que atenderá, caso eleito, um dos pleitos do prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues (PSDB), para instalação de multinacionais no complexo Aluízio Campos. Bolsonaro agradeceu aos paraibanos pela eleição de Julian Lemos, a quem atribuirá a missão de desenvolver projetos como o Porto de Águas Profundas e a Transnordestina.
“Ele vai apresentar os projetos de interesse da Paraíba e do nordeste e vamos analisar. Se tiver dinheiro, vamos executar sem problemas”, enfatizou. “Vou deixá-lo [Julian Lemos] na Câmara Federal em um lugar de destaque. Quero ele brigando na Câmara. O partido [PSL] elegeu a segunda maior bancada e terá papel de destaque”, acrescentou.
Bolsonaro também disse que não debaterá “com um fantoche e pau mandado do Lula” em revide ao que disse Haddad na coletiva. “Sabemos que o Haddad não é candidato absolutamente em nada. Quem manda é o Lula que está preso”.
Em um esforço nada simples, que é o de acreditar na boa fé de candidatos, o paraibano acredita (ou faz de conta) que dormirá tranquilo após o resultado das urnas, no próximo domingo (28), seja qual for o eleito.