Jair Bolsonaro (PSL) ainda não havia tomado conhecimento sobre a autoria do filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), contra o Supremo Tribunal Federal (STF), quando comentou: “Isso não existe. Se alguém falou em fechar o STF, precisa consultar um psiquiatra”, disse o presidenciável, ontem (21), a jornalistas.
Quando foi informado que a ameaça ao judiciário partiu do herdeiro, Bolsonaro – como de praxe – duvidou da veracidade do conteúdo. A insanidade de Eduardo Bolsonaro, porém, não é exclusiva do parlamentar paulista.
O general Eliéser Girão Monteiro Filho, deputado eleito pelo PSL no Rio Grande do Norte, defendeu o impeachment e a prisão de ministros do Supremo Tribunal Federal responsáveis pela libertação de políticos acusados de corrupção. Na Paraíba, o vereador Marcos Henriques (PT) pediu a prisão do juiz Sérgio Moro, por colocar atrás das grades políticos corruptos do seu partido.
O próprio PT cogita no programa de governo “limitar ao controle de constitucionalidade das leis” a atuação do Supremo. O deputado federal Wadih Damous (PT-RJ) defendeu há pouco tempo o fechamento do STF e a criação de uma corte exclusivamente voltada para questões constitucionais. O ex-ministro José Dirceu já falou em tirar todos os poderes dos ministros. Se a sugestão de Bolsonaro for aceita, faltará psiquiatra no hospício chamado Brasil.