A cúpula pessebista na Paraíba não poupará esforços para ampliar a vantagem do candidato a presidente Fernando Haddad (PT) no estado, o mais votado no primeiro turno, com 45,46% dos votos válidos. Mais do que o apoio ideológico, o que já seria uma motivação plausível para concentração de forças para vitória do petista contra Jair Bolsonaro (PSL), o governador Ricardo Coutinho (PSB) está no radar de Haddad para compor um eventual ministério por dois aspectos: cumplicidade e capacidade.
Em entrevista ao Arapuan Verdade, da Rede Arapuan de Rádio, o governador eleito João Azevêdo (PSB) evitou em falar na formação da nova equipe de secretários quando perguntado sobre o papel que Coutinho terá em sua gestão. “Ricardo tem outras missões, pela sua responsabilidade e compromissos, atribuições muito maiores que ser secretário. Espero que Fernando Haddad chegando a Presidência da República, Ricardo possa contribuir com esse país em um Ministério”.
Ontem, em São Paulo, Ricardo Coutinho se reuniu com Haddad. Um dia antes, participou da reunião que definiu o apoio do PSB nacional a candidatura do petista. O próprio PT defende que Coutinho assuma a coordenadoria de campanha do ex-ministro no Nordeste. Nesta quinta-feira (11), ainda se reúne com militantes para uma reunião na Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado (Fetag), para discutir a campanha na Paraíba.
Não é de agora, é verdade, que o líder do PSB na Paraíba se engaja em lutas com o Partido dos Tralhadores, com direito a divergências com o próprio PSB, a exemplo do processo de impeachment de Dilma Rousseff (PT). Depois dos petistas, Ricardo vestiu a camisa mais do que ninguém.