A eleição para presidente não tem seduzido Lucélio Cartaxo (PV) e José Maranhão (MDB), candidatos ao Governo da Paraíba, e Cássio Cunha Lima (PSDB), candidato à reeleição ao Senado. Os três sequer citam as postulações de Marina Silva (Rede) – que tem como vice Eduardo Jorge (PV) -, Henrique Meirelles (MDB) e Geraldo Alckmin (PSDB) em seus guias.
Na semana passada, Maranhão desconversou sobre a candidatura de Henrique Meirelles (MDB). “Ele é candidato?”. Cássio Cunha Lima recebeu uma doação de R$ 550 mil do ex-governador de São Paulo, mas não cita o presidenciável do PSDB em seu programa eleitoral. Realidade diferente da de quatro anos atrás quando associava a sua imagem ao então candidato Aécio Neves (PSDB). A Paraíba teria um presidente amigo, dizia Cássio.
Nesta terça-feira (18), o prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PV), disse que o foco está na eleição do irmão, Lucélio Cartaxo. Perguntado sobre as posições radicais de Jair Bolsonaro (PSL) e do seu vice general Mourão (PRTB), Cartaxo afirmou que não faz política descaracterizando adversário – o PV é coligado ao PSL na Paraíba. Lucélio e Luciano também não são vistos pedindo voto para Marina Silva ainda que digam que a apoia.
Posições diferentes das adotadas pelo governador Ricardo Coutinho (PSB) e do candidato João Azevêdo (PSB), que colaram em Fernando Haddad (PT) e Ciro Gomes (PDT), candidato da vice-governadora Lígia Feliciano (PDT).
É verdade que tanto Haddad como Ciro se sobressaem na região Nordeste contra Alckmin e Meirelles. O tucano e o emedebista, aliás, não devem visitar a Paraíba durante a campanha do primeiro turno. O petista e o pedetista já visitaram o estado.
Por rejeição dos paraibanos aos seus presidenciáveis ou não, Cartaxo, Maranhão e Cássio deram um gelo na eleição para presidente.