O traço sereno da candidata da Rede à Presidência, Marina Silva, rendeu mais ônus do que bônus em quase toda sua trajetória política. Cobrada para ter posições mais firmes, Marina disse em entrevista ao Arapuan Verdade, da Rede Arapuan Verdade, que se preocupa apenas em ser Marina. Por tabela, a ex-ministra do Meio Ambiente criticou candidatos que obedecem a tudo que os marqueteiros mandam e citou a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) como exemplo.
“Não faço campanha nem política para aquilo que os marqueteiros mandam”, reagiu.
“O Brasil, aliás, está pagando um preço muito alto por ter votado em quem era manobrado por marqueteiro. A presidente Dilma (Rousseff) fazia tudo que o João Santana mandava fazer. “Agora tem que cortar o cabelo, agora tem que fazer isso, aquilo outro”. A sociedade brasileira, 20 dias depois da eleição, se deparou com um Brasil que começou a desmoronar. Até porque não era o João Santana que governaria o Brasil. Ele pegou 70 milhões roubados da Petrobras”, atacou.
Marina condenou o “voto por gratidão”, em referência aos programas sociais do governo do PT. Candidata pela terceira vez ao Palácio da Redenção, ela prega o “voto por convicção”, e reforçou a garantia que tem dado sobre a manutenção de programas como o Bolsa Família.
“Tenho compromisso de manter o Bolsa Família. Vou manter sem roubar. Tenho compromisso de manter a política de cotas. Manter sem roubar. Aquilo que é feito com o dinheiro do estado, da sociedade, não é de nenhum partido, é um direito do cidadão. Temos que parar com esse negócio de achar que um governante, que usou o dinheiro público para fazer o que era sua obrigação, para depois você achar que vai dever um favor para o resto da vida”, enfatizou.
Ouça abaixo a entrevista completa.