Justiça afasta dirigentes do Botafogo-PB e Campinense

Por Maurílio Júnior

A juíza da 4ª Vara Criminal de João Pessoa, Andréa Carla Mendes Nunes Galdino, aceitou a denúncia oferecida pelo Ministério Público da Paraíba contra os presidentes do Botafogo-PB, Zezinho Botafogo, e do Campinense, William Simões, além da cúpula botafoguense – Breno Morais (vice-presidente de futebol), Guilherme Novinho (vice-presidente), Francisco Sales (diretor executivo) e Alexandre Cavalcanti (diretor jurídico). Todos foram afastados dos seus respectivos cargos por denúncias relacionadas à crimes de fraudes e manipulação de resultados de jogos do Campeonato Paraibano de Futebol.

A magistrada entende que, “há fortes indícios da prática dos fatos narrados da denúncia, com a participação direta dos denunciados, dirigentes e funcionários da agremiação, cuja manutenção destes na função que ora exercem representam manifesto risco, não só ao clube, mas ao futebol da Paraíba…”, diz um trecho da decisão.

A juíza também impôs medidas cautelares, como comparecer ao cartório judicial da vara uma vez por mês, não sair do estado sem autorização judicial e a obrigação de se recolherem em suas residências todos os dias das 21h às 5h – salvo em casos de trabalharem comprovadamente neste período do dia. Eles estão proibidos de terem acesso a entidades e eventos desportivos, de entrarem em contato com testemunhas e investigados nesse caso, além de terem que entregar à Justiça seus passaportes.

O esquema foi investigado na Operação Cartola, deflagrada no dia 9 de abril, um dia após o time de João Pessoa conquistar o título estadual sobre o representante de Campina Grande.