Candidatos ao Senado e favoritos a eleição, Cássio Cunha Lima (PSDB) e Veneziano Vital (PSB) iniciaram a campanha dando explicações ao eleitor – é verdade que, no caso do ex-cabeludo, até antes pela então resistência do PT ao seu nome durante o processo de aliança com o PSB.
Cunha Lima e Vital defenderam o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Em um reduto petista, como se colocou a Paraíba nas últimas eleições, a posição provocou questionamentos. O tucano ainda votou a favor da contestada reforma trabalhista e esteve, como o PSDB, ao lado de Michel Temer no início de sua gestão.
Nas redes sociais, Cássio publicou, ontem, um vídeo que aparece dialogando com um eleitor. Nele, o senador enfatiza que nunca votou contra o trabalhador e lembra que a reforma da previdência ainda não foi votada pelo Congresso Nacional. Se desvencilhou das polêmicas que rondaram Brasília nos últimos tempos.
Durante a pré-campanha, Veneziano precisou ter jogo de cintura para se livrar da pecha de “golpista”, imposta pelo PT, que hoje caminha com o pessebista. Vital chegou a justificar que também votou pela investigação ao presidente Michel Temer, ainda como filiado do PMDB, e teve posição contrária às reformas do atual governo.
Prós e contras à parte, a 46 dias das eleições, nenhum candidato, seja de qual partido for, ousou usar as reformas como bandeira política. O voto ao impeachment de Dilma também passa despercebido.
Para Cássio e Veneziano, a precaução falou mais alto. A memória curta do eleitor já não é uma vantagem segura.