Fim de feira

Por Maurílio Júnior

Não é por falta de tempo que partidos que ainda não se decidiram com quem caminhar nas eleições de outubro deixarão para tomar uma posição aos 48 minutos do segundo tempo, no apagar das luzes.

Já se foi a época que planos de governo era uma condição para realização de uma aliança. Nem mesmo os últimos escândalos que assolaram o país numa crise profunda foram capazes de mudar alguma coisa.

Nada mais interessa, a ordem agora é para o quem dá mais aqui ou ali. Seja para quem oferece ou recebe, o apoio virou negócio.

A ideologia foi trocada pela cenografia e conveniência penal. O discurso de oito anos perdeu a vez para uma vaga na chapa majoritária. Já a pluralidade política se esfacela por uma cadeira na Câmara Federal.

Nada de desenvolvimento para os estados, geração de emprego, tampouco estão preocupados com a vida dos brasileiros e brasileiras.

O poder transformou-se numa grande empresa e a prioridade no momento é a mesa de casa.

Se sobrar alguma coisa depois divide com o povo mais chegado.

Fim de feira!