Conhecido por ter uma língua ferina, o pré-candidato à presidência da República, Ciro Gomes (PDT), não esconde: “É minha ferramenta de luta”.
A peculiaridade de Ciro traz como qualquer outra bônus e ônus. No caso do pedetista acrescente mais um elemento: a polêmica.
A mais recente aconteceu faz poucos dias, quando Ciro afirmou que priorizaria as alianças com o PSB e PC do B por “hegemonia moral e intelectual” em detrimento a partidos de centro-direta. Após costurar com as siglas de esquerda e centro-esquerda, o ex-ministro disse que conversaria com DEM e PP.
“A política pra mim é uma vocação e não um meio de vida. Resultado prático: Minha ferramenta de luta é a língua”.
“Se faço uma aliança sem pensar no rumo estratégico dela, na base moral dela, no rumo programático, estarei repetindo a prática de Fernando Henrique, que no deu no que deu. O PSDB nunca mais voltou ganhou uma eleição nacional e na prática recente do PT que também deu no que deu”.
Em passagem por João Pessoa, neste sábado (16), onde participou do lançamento da pré-candidatura da vice-governadora Lígia Feliciano (PDT) ao Governo do Estado, Ciro exercitou muito bem sua melhor ferramenta.
“Tenho que ter um olho na eleição e outro para governar. Não sou um maluco como Bolsonaro, que está deixando a população acreditar com três, quatro frases feitas, introduzindo ódio e preconceito. Vai chegar em Brasília e simplesmente afundar o Brasil”.
A depender da língua pôde-se dizer que Ciro está muito bem afiado.