A indefinição do ex-presidente Lula quanto ao futuro do PT nas eleições deste ano expôs a legenda ao constrangimento na Paraíba. Enquanto aguarda uma posição do líder maior, preso há dois meses pela Operação Lava Jato, o PT paraibano, de quadros respeitados, como os deputados Luiz Couto, Anísio Maia e Frei Anastácio, é constantemente pisoteado.
Não foram poucas as vezes que, por exemplo, agentes políticos do PSB usaram do microfone para enquadrar os petistas, que apesar da imposição contra os tidos “golpistas” na chapa de João Azevedo, sempre mantiveram a prioridade de apoiar a pré-candidatura do ex-secretário.
Primeiro foi o deputado Buba Germano, que desdenhou da força do PT para compor a chapa majoritária de João Azevedo. “Se eles se acham tão fortes assim, que saiam com candidatura própria”.
Depois o secretário de Planejamento do Estado, Waldson Souza, avisou: “A gente só vai com quem quer ir conosco”, sobre os vetos que o PT tentou impor aos chamados “golpistas”.
Recentemente, o próprio presidente do partido, Edvaldo Rosas, e João Azevedo, resolveram chutar a barraca dos petistas.
Rosas vetou a participação de João no evento político que o deputado Frei Anastácio prepara em Aparecida, no Sertão, depois que o parlamentar prometeu colocar o deputado federal Veneziano Vital do Rego (PSB) “pra correr” caso aparecesse.
“Se não couber Veneziano, não cabe João”, determinou Rosas.
A mesma resposta foi dada por João Azevedo. “No lugar que não couber Veneziano, não caberá João”.
“Não se faz política dessa forma”, repreendeu.
Nesse tempo, aliás, o PT não recebeu nenhum aceno positivo.
E assim deve seguir.
Refém de Lula e saco de pancadas.