Prefeitos das duas maiores cidades da Paraíba, reeleitos em primeiro turno há dois anos, Luciano Cartaxo e Romero Rodrigues vão além de gestões bem avaliadas.
Eram os melhores quadros para a sucessão estadual antes do prazo de desincompatibilização.
O chove e não molha da oposição levou os gestores a permanecerem no comando e conforto das prefeituras.
Para Luciano, o passo atrás serviu para levá-lo à presidência do PV e a uma necessária autonomia que o permitiu colocar o irmão gêmeo Lucélio Cartaxo para aquecer.
Se fosse um jogo de futebol, diríamos que Luciano trocou a camisa 10 pela área técnica.
Passou a comandar o processo, com apoio de Romero, preterido no ninho tucano, que fomentara o plano P de Pedro.
A dobradinha deu liga.
A 39 dias da convenção, Luciano e Romero estão no jogo, como sempre estiveram, agora por vias alternativas, mas que personificam fidedignamente cada um deles.
Luciano, com o irmão Lucélio, na condição de pré-candidato ao governo, e Romero, com a esposa Micheline Rodrigues, oficializada ontem como pré-candidata a vice.
Se mais fortes ou não, as urnas dirão.
Porque como no futebol, que não garante o sucesso de um grande craque aposentado como técnico, a política não foge à regra. Um cabo eleitoral de luxo nem sempre é certeza de vitória.
A história recente não mente.