Após uma reunião que durou mais de sete horas, o governo aceitou uma série de reivindicações impostas por representantes dos caminhoneiros. Em troca, os trabalhadores deram quinze dias de trégua ao Palácio do Planalto. O governo propôs manter a redução de 10% no valor do diesel pelos próximos 30 dias (15 a mais que o anunciado pela Petrobras). A diferença será compensada pelo Tesouro.
Além disso, assegura periodicidade minima de 30 dias para reajuste do preço do diesel na refinaria, também com compensação por parte da União à estatal.
A União se comprometeu também a zerar a Cide sobre o diesel neste ano, mas não citou a redução a zero do PIS/Cofins. Isso está em discussão no Congresso Nacional. O Palácio do Planalto aceitou ainda reeditar a tabela de fretes do serviço do transporte remunerado de cargas por conta do terceiro a partir de 1º de junho, bem como mantê-la atualizada trimestralmente.
O governo também se comprometeu a negociar com os estados para isentar a tarifa de pedágio por eixo quando os caminhões estão vazios. E editar uma medida provisória (MP) autorizando a Confederação Nacional de Abastecimento (Conab) a reservar 30% de sua demanda de frete para cooperativas ou entidades de transportadores autônomos.
O Globo