Lígia e o fim do silêncio

Por Maurílio Júnior

Lígia Feliciano (PDT) quebrou o silêncio. Quase sempre discreta nos quatro anos de mandato ao lado do governador Ricardo Coutinho, a vice-governadora mostrou facetas até então desconhecidas.

A pedetista adotou um discurso forte sem confrontar diretamente o governador – contrariando prognósticos. Esperava-se uma Lígia raivosa diante das críticas recebidas de aliados de Ricardo.

Diz o ditado popular – muito válido na política – que cautela, assim como caldo de galinha, não faz mal a ninguém.

Sinal de quem se preparou durante o silêncio para direcionar cada palavra.

Ela defendeu os avanços do atual governo, a quem evitou personificar.

“Estarei defendendo essas ideias, as quais eu faço parte”, argumentou em entrevista à Correio FM.

“Ninguém tem domínio de ideias. A ideia não tem dono”, pontuou.

Disposta a dialogar, Lígia é pré-candidata ao governo num cenário em que nenhuma grande força convence.

Lígia mostrou que falando pode incomodar tanto quanto em silêncio.